sexta-feira, 2 de maio de 2008

CARTA MISS. J. E V.


Norte da África, maio de 2008.

“Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos” (Jeremias 8.5).

Queridos parceiros,
Graça e paz!

Desde a nossa última carta o clima por aqui já mudou bastante. Já voltou a fazer forte calor aqui
no Norte da África e as atenções agora estão concentradas na chegada do verão. Ao observarmos os dias, meses e estações passarem uma expectativa continua em nosso coração: a de que as promessas do Pai se cumpram nessa terra e o povo chegue assim ao conhecimento da verdade que traz libertação.
Além do aumento da temperatura o clima por aqui é de festa. É que recentemente a nossa
cidade celebrou o aniversário de 1.200 anos de fundação. É isso mesmo gente, não é engano não. A cidade foi fundada no ano 808 d.C. e portanto chegou aos seus 1.200 anos. Dá pra acreditar? E pensar que o Brasil, desde o seu descobrimento, tem apenas pouco mais de
500 anos...
A vida por aqui segue bastante agitada. Continuamos com nossas atividades semanais e investindo boa parte dos nossos esforços em relacionamentos. Às vezes, sentimo-nos desgastados e cansados. Entretanto, sabemos que ainda não é hora de interromper nossas atividades. Estamos certos de que tanto o esforço como a perseverança neste momento são
importantes e terão a sua recompensa em nossos anos futuros de serviço neste continente. Entretanto, peçam ao Pai por nós para que estas convicções permaneçam firmes
em nosso coração.
Continuamos caminhando com nosso amigo sudanês e nos encontrado semanalmente.
Recentemente assistimos juntos ao filme do nosso Salvador. Após o filme ele nos pediu uma cópia do vídeo para acompanhar a história outras vezes. Outra coisa que demos a ele foi uma cópia do nosso Livro. Ele tem crescido bastante e além da nova fé gosta de falar do futebol do Brasil. Um dos desafios agora tem sido o de integrá-lo no Corpo local a fim de que ele aprenda a caminhar com aqueles que já abraçaram a fé há mais tempo.
Lembram que em nossa última correspondência pedimos suas orações por um evento que
estávamos preparando para a ocasião da festa da Páscoa? A ocasião fez com que a nossa proposta de apresentar uma peça teatral contando a história do nosso Salvador fosse totalmente aceitável aos olhos dos nossos amigos. Quem nós iríamos convidar para o evento era a grande questão. Não somente pela necessidade de observarmos cuidados relacionados à segurança, mas também porque não teríamos espaço suficiente para reunir todos os nossos amigos (somos uma equipe composta por treze adultos).
De mãos dadas com vocês pedimos ao Pai que nos revelasse sabedoria a esse respeito. Fomos então dirigidos à estratégia de convidar preferencialmente aqueles que de alguma forma já haviam demonstrado interesse em saber mais sobre o que cremos.
Queridos, a programação foi excelente! Apresentamos a mensagem da crucificação,
sepultamento e ressurreição a todos os presentes, diante de uma platéia bastante receptiva. Tivemos o apoio de irmãos locais e colegas mais experientes e tanta liberdade no anúncio da mensagem que deu até para esquecer que estávamos num país considerado fechado.
Depois do teatro tivemos um tempo de confraternização com nossos amigos onde tivemos a
oportunidade de ouvir suas impressões, opiniões e dívidas. Foi então que os irmãos nacionais
aproveitaram a ocasião para testemunhar. Inclusive, um deles cantou duas músicas em árabe que narravam os eventos da ressurreição. Curiosamente, alguns dos nossos amigos presentes não acreditavam na possibilidade de que outros nacionais tivessem a mesma fé que a nossa. Depois de conhece-los ficaram bastante surpresos e saíram convictos de que estavam equivocados. Cremos que o Pai permitiu a presença das pessoas certas e tivemos plena liberdade para apresentar de maneira apropriada a mensagem do novo nascimento. Nesta parte da Terra, somente fazer as pessoas ouvirem a mensagem já pode ser considerado um grande resultado. Entretanto, ficamos sabendo que um estrangeiro presente no evento, convertido à fé do país, ficou tão impactado com a mensagem que compartilhou com um dos presentes seu desejo de abraçar a nossa fé.
Nos dias
seguintes à programação tivemos o privilégio de observar ainda outras pessoas que solicitaram por maiores explicações por desejarem compreender melhor a mensagem.
Outro fator interessante é que semanas depois fomos convidados para apresentar a peça teatral
novamente. Dessa vez num espaço bem maior aonde os nossos irmãos estrangeiros se reúnem aos domingos. Mais uma vez ouve presença dos nacionais e liberdade no Espírito para testemunharmos.
Queridos, somos muitos gratos por suas orações!
Na última correspondência pedimos suas oraçõestambém por um torneio de futebol que estaríamos participando no início do mês passado, mas na última hora não foi possível a nossa participação.
Há ainda outras
possibilidades de trabalho com futebol, mas falta-nos tempo agora para assumirmos novos compromissos. Continuamos animados com nossa viagem ao Quênia e Sudão no início do mês de agosto. Ainda precisamos fazer a compra das passagens e aplicação para os vistos. A obtenção do visto de entrada no Sudão é normalmente complicado e ultimamente temos ouvido a respeito de vários colegas que tiveram seus vistos negados. Mais uma vez vamos precisar de suas orações.
A
boa notícia é que já temos as pessoas que estarão generosamente nos recebendo e as perspectivas são grandes de termos um tempo frutífero. Pedimos que intercedam por nós a fim de que o Pai continue abrindo as portas e guiando nossos passos em nossa caminhada de glorificação do nome dEle.
Antes da viagem programada para o mês de agosto estaremos fazendo uma outra viagem. Se o
Pai permitir, passaremos uma semana no Reino Unido no próximo mês de junho. Estamos planejando visitar o escritório da nossa companhia, uma instituição de ensino e utilizar os dias que restarem para descansar. Pedimos que agradeçam ao Pai conosco por este presente e que Ele use este tempo para renovar as nossas forças, sonhos e desejo de continuarmos seguindo em frente.
Maranata!
No serviço do Rei com muito carinho e saudades,
Jadir e Victória.